A batata é uma das hortaliças mais cultivadas e consumidas no Brasil, e o Paraná se destaca como um dos principais estados produtores. A cultura é estratégica tanto para abastecimento interno quanto para a agroindústria, sendo relevante especialmente nas regiões Centro-Sul, Sudeste e Campos Gerais do estado.
Em 2022, o Paraná produziu aproximadamente 757 mil toneladas de batata, cultivadas em cerca de 23 mil hectares, o que representa cerca de 16% da produção nacional. Os maiores polos produtivos estão nos municípios de Guarapuava, Ponta Grossa, Castro e Irati. Nessas regiões, o clima ameno e o solo fértil favorecem a produtividade e a qualidade da batata.
A batata tem grande relevância econômica para o estado. Em 2022, o Valor Bruto da Produção (VBP) da cultura no Paraná foi estimado em R$ 1,6 bilhão. As Centrais de Abastecimento do Paraná (Ceasas) movimentaram cerca de 170 mil toneladas de batata, com um valor de comercialização superior a R$ 400 milhões. Além do mercado in natura, parte da produção abastece indústrias de chips, congelados e alimentos processados.
Apesar de ser uma cultura que exige alto investimento, muitos produtores familiares participam da cadeia produtiva da batata, principalmente em regiões onde há acesso a crédito e assistência técnica. O IDR-Paraná e cooperativas locais promovem boas práticas agrícolas, manejo integrado de pragas e tecnologias de irrigação. Há também avanços na adoção de práticas sustentáveis e no uso racional de agroquímicos para garantir segurança alimentar e ambiental.
Com a crescente demanda por alimentos processados de qualidade e o fortalecimento da agricultura regional, a produção de batata no Paraná tende a crescer ainda mais. Investimentos em tecnologia de plantio, mecanização e armazenamento podem elevar a produtividade e a competitividade do produto paranaense. Além disso, a diversificação de variedades e o cultivo fora de época também abrem novas possibilidades para os produtores.
Assim, a batata ocupa um papel estratégico na agricultura paranaense, não apenas como alimento básico, mas também como motor de desenvolvimento rural, industrial e social.