A erva-mate é uma das culturas mais tradicionais do Paraná, com forte valor cultural, social e econômico. Utilizada principalmente para o preparo do chimarrão e do tereré, a planta é símbolo da identidade sulista e está profundamente enraizada na história e nos modos de vida da população paranaense.
O Paraná é um dos maiores produtores de erva-mate do Brasil, ao lado do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. As principais regiões produtoras incluem a região Centro-Sul, com destaque para os municípios de São Mateus do Sul, União da Vitória, Irati, Bituruna e Cruz Machado. A erva é cultivada tanto em sistemas nativos (extrativismo sustentável) quanto em plantações comerciais.
Em 2022, o Paraná produziu mais de 500 mil toneladas de erva-mate, movimentando centenas de milhões de reais e gerando empregos diretos e indiretos. A cadeia produtiva envolve desde pequenos agricultores até grandes indústrias ervateiras, sendo um dos pilares econômicos de diversas comunidades rurais. O produto paranaense também é exportado para países como Uruguai, Paraguai e até o Oriente Médio.
Muitos produtores adotam o manejo sustentável da erva-mate sombreada em áreas de floresta nativa, promovendo a preservação ambiental. Além disso, programas de certificação como o "Selo da Erva-Mate Sustentável" valorizam práticas de cultivo responsáveis e respeitosas com o meio ambiente. A colheita manual e o beneficiamento cuidadoso preservam a qualidade e o sabor da erva.
O setor tem se modernizado com tecnologias para secagem, empacotamento e rastreabilidade do produto. Também cresce a produção de erva-mate orgânica e a diversificação de derivados, como chás, energéticos naturais, cosméticos e suplementos alimentares. A valorização da cultura regional e o aumento do consumo no Brasil e no exterior fortalecem ainda mais esse setor estratégico.
A erva-mate paranaense representa não apenas uma atividade econômica, mas também um símbolo de identidade, respeito à natureza e tradição que atravessa gerações.