A mandioca é um dos cultivos mais tradicionais do Paraná e tem grande importância social e econômica, especialmente para a agricultura familiar. Versátil e resistente, ela é utilizada tanto para consumo humano quanto como matéria-prima para a indústria alimentícia e de bioenergia.
O Paraná é um dos maiores produtores de mandioca do Brasil, com destaque para o Noroeste e Norte do estado, em municípios como Paranavaí, Umuarama, Cianorte, Loanda, Mandaguaçu e Maringá. A produção abrange duas finalidades principais: a mandioca de mesa (ou aipim/macaxeira) e a mandioca destinada à indústria (mandioca brava), utilizada para a extração de fécula e fabricação de produtos derivados.
Em 2022, o Paraná produziu mais de 3 milhões de toneladas de mandioca, sendo o segundo maior produtor nacional. A cultura gera milhares de empregos e movimenta significativamente a economia local, especialmente por meio de pequenas propriedades. A indústria da fécula, presente em várias regiões do estado, é uma das maiores do país, fornecendo insumos para os setores alimentício, têxtil, farmacêutico e químico.
Mais de 80% da produção de mandioca no estado vem da agricultura familiar. Programas públicos e ações cooperativas têm incentivado boas práticas de cultivo, mecanização e acesso a mercados. A mandioca é uma alternativa viável de renda, especialmente para famílias de pequenas propriedades em regiões de solos arenosos ou menos férteis.
Com o aumento da demanda por amidos naturais e produtos sem glúten, a fécula de mandioca ganha destaque como substituto em receitas e fórmulas industriais. A diversificação de usos — incluindo bioetanol, ração animal e bioplásticos — abre novas oportunidades de mercado. A adoção de tecnologias no campo, como mecanização da colheita e irrigação, também promete maior produtividade e renda para o produtor paranaense.
A mandioca no Paraná simboliza tradição, resiliência e potencial de crescimento, sendo essencial para o sustento de milhares de famílias e para o fortalecimento da agroindústria estadual.